Mais de 60 dias e o balanço deste
dois fatos é o pior possível,criando os piores augúrios.Alega-se a necessidade de
levar tempo para achar os responsáveis pelo crime,no primeiro caso e no segundo
para que os resultados da intervenção se
dêem proximamente.Mas a verdade é que há um pressentimento real de manipulação
política no ar.
Tudo parece convergir para o
objetivo político do golpe.Outros crimes foram elucidados com mais rapidez,mas
este fica neste chove não molha,que aterroriza os cidadãos comuns.
E em volta dele noticias
constantes sobre a morte de policiais,como se isso não fosse já constante em
outras épocas.Não há como não pensar num
“ projeto” por trás disto tudo,desta conjuntura absolutamente sui generis,mas
que está de acordo com padrões históricos do Brasil.
E a intervenção?Como ela entra
neste quadro?Da mesma forma:ela está faltando aos seus objetivos,que,no meu entender
deveriam ser técnicos e efetivos.Nem técnica nem efetiva ela é e o seu fracasso
enseja um seu aprofundamento.
Quer dizer o discurso será o de impor
mais força,em vez de inteligência e compreensão social das coisas.
Como cidadão,fico apavorado
diante desta situação,de apatia geral do povo(com exceções)e cada vez maior
violência.
Em outros períodos da História
esta “ relação”,ou antes,esta convivência de termos antinômicos,é explosiva e
problemática,não necessariamente nesta ordem.
E a minha observação indica que
há grupos querendo açular este contexto para justificar a força como
solução.Assaltos na zona oeste,onde moro,parecem ser realizados não
propriamente por bandidos maltrapilhos,mas por pessoas “ organizadas”...
E há algum tempo uma operação
vingativa na Cidade de Deus gerou aparentemente um transtorno na zona oeste e
em outros lugares,mas eu andei pelo meu bairro e não vi nada.A mídia fez um estardalhaço
com que propósito?Proteger os policiais,ou usar as suas mortes para uma
proposta política mais ampla?Estas perguntas estão no ar.
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