Antes
de estender o artigo anterior,não posso deixar de comentar a decisão de agora
há pouco,tornando Aécio Réu numa ação para investigar a propina de dois
milhões,a que eu me referi há algum tempo atrás e que considerava(como
considero)base para uma condenação.Preste bem a atenção,leitor:condenação.Não costumo fazer afirmações
deste tipo,por razões óbvias,mas também não me omito em dizer o que eu acho.
As circunstâncias do processo de Lula são semelhantes ao que provém das maquinações de Aécio.Se valem os mesmos procedimentos ,Aécio tem que ser condenado e se não o for,Lula tem que ser solto.
As circunstâncias do processo de Lula são semelhantes ao que provém das maquinações de Aécio.Se valem os mesmos procedimentos ,Aécio tem que ser condenado e se não o for,Lula tem que ser solto.
Ninguém
passa recibo de corrupção.O que se ouve nas fitas do caso Aécio é claramente
uma forma de diversionismo:ele pediu propina,mas diz que pediu um
empréstimo.Até agora não provou a natureza deste empréstimo.Não existe isto de
uma pessoa pedir um dinheiro a um “ amigo” e não haver nenhum documento,nenhuma
confissão de dívida.Principalmente entre “ amigos” políticos.E se foi para
pagar advogados,porque não há registros do serviço prestado?Também o advogado
não exigiu publicidade na transação?
Isto
tudo precisa ser esclarecido,mas a minha conclusão eu já coloco agora,em função
do que tem acontecido com outros políticos.
Atacar
o PT é justo,em face das mudanças ocorridas dentro deste partido,mas não me
venham com esta história de que a estrutura da corrupção não está nos outros
partidos,no sistema político.A responsabilidade de atacar,como nunca,a
corrupção,engendrou outra,a de ser completo agora.É a máxima da literatura de
Balzac:” Se vamos criticar a sociedade,vamos até ao fim”.Não há como recuar agora e a isonomia pede para que
ninguém seja poupado desta investigação geral,inclusive o Presidente da República.É
a hora de o povo brasileiro entender a distinção necessária à democracia entre
ela própria e o estado de direito.Não se pode usar o estado de direito como
mediação da política e vice-versa.
Eu
já acho muito questionável este espetáculo em torno de Lula e de Moro.Quanto
mais banalizável for a reação do povo,mais igual aos políticos ele será(como de
feto e constitucionalmente é).
Os
políticos são só cidadãos em uma posição diferenciada da dos outros,mas a
distância não é tão grande assim e muito menos na proporção que o salvacionismo
de Lula desejava.
O
meu lema ,mutatis mutandi,é o mesmo do Bope,” entrar para matar e não para
morrer” e normalmente há que se estar muito bem fundamentado para dizer condenação,mas não tem jeito:comprando os
casos,o destino de Aécio é este:condenação.
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