Reflexões sobre Fluminense
e Vasco
Aprofundando
os conceitos de Tancredo Neves,expostos
acima,no artigo anterior,devo continuar no cotidiano,porque apesar dos cataclismos gerados
pelo poder,a vida prossegue.Então peço permissão a Marielle e à caravana de
Lula para refletir sobre ética e futebol.
Para
começar uso o livro de Nietzsche Also Sprache Zaratustra (Assim Falou Zaratustra)para
explicar a minha atitude diante do jogo de 2014 Brasil e Alemanha(o 7 a 1).Quando
percebi a tragédia eu desliguei o televisor porque eu pensei que ia ver dois
times jogando e só um estava em campo.Fiz como maioria da torcida.A torcida foi
criticada por sair do estádio,mas ela deveria ter recebido pelo menos a metade
da entrada,pelos mesmos motivos que eu apresentei mais acima.
Em
determinado momento deste livro de Nietzsche,Zaratustra diz” tu me fortaleces
quando não me vences”,para marcar a verdade de que a vida é
potência,afirmação,asserção.Isto na vida,que,para mim,não é como um jogo.Agora,num
jogo,isto fica mais claro e é uma sua exigência .
Quando
alguém paga uma entrada para assistir o futebol,os dois times devem jogar.Não
podem ,de modo algum ,abdicar do jogo,sob qualquer pretexto(vantagem do
regulamento[empate]).No mínimo,deve haver contra-ataque,mas nunca deixar o adversário
jogar,sozinho,porque ele vencerá inevitavelmente.
O
que aconteceu no jogo de quinta-feira foi isto:não é por causa do juiz,por
causa da sorte ou outra coisa.Foi por causa desta abdicação ,que permitiu ao
Vasco ganhar,reforçando a sentença de Nietzsche ,que eu reinterpreto,sem perder
o conteúdo:”se você não luta,o outro o faz,ocupando o seu lugar”.