Pensando
sempre no Brasil e nos cidadãos (cidadãos),há que se colocar a sucessão um
pouco antes.Na verdade ela já foi posta,por Bolsonaro e Lula e a experiência
indica que estão começando agora porque são os mais fracos.
Contudo
numa eventual vitória de Lula no judiciário este quadro pode mudar
sensivelmente.Então, em qualquer circunstância,como vai haver agitação,o melhor
é que os outros candidatos tenham como limite a decisão de segunda
instância,não só para desencadear a campanha,mas para entender as conseqüências
do fato e usá-las no caminho.
Eu,que
ajo sempre como cidadão,só no meu interesse,que é o principal, gostaria que
fosse assim:logo após a sentença o candidato Álvaro Dias começaria o seu
trabalho.Mal comparando a posição dele é muito semelhante a de Maluf na época
de Tancredo,funcionando como um fiel da balança do processo todo.
É
preciso lembrar que ,apesar de tudo o que ele representa,Maluf garantiu a
transição definitiva para um civil em 85,que era uma condição essencial de
superação do regime militar.Uma condição não suficiente,mas partícipe,já que se
ele tivesse ganho não se teria muita certeza se a ditadura não ia continuar
através dele.Mas é verdade é que ele acabou com o brinquedinho dos
militares,que queriam Andreazza.Este só não chegou lá,porque Maluf insistiu a
todo custo.
E
se no processo do colégio eleitoral Maluf(como quase aconteceu[porque ele ameaçou])tivesse abandonado a
candidatura,fortaleceria os militares ,no sentido do retrocesso.
Não
quero dizer que Álvaro Dias deve servir como boi de piranha ou mero
coadjuvante,mas tendo ele um eleitorado ainda por formar,a chance de chegar ao
objetivo depende de um adiantamento de sua luta e fazer este duplo papel na
democracia não chega a ser desdouro.
Ele
será o responsável por mostrar ao povo o significado fundamental ,na democracia,
da sucessão e da alternância do poder.Indiretamente mostrará que eleger um candidato
é uma renovação e uma afirmação de que mais importante é o país e não uma
pessoa que quer ser presidente o tempo todo.Este é o seu papel multifacetado.
Com
o tempo,antes ou depois da Copa do Mundo ,e tendo arrefecidos ânimos,pela
compreensão que o povo terá quanto ao respeito necessário e possível(por causa
dos candidatos novos) da regra democrática,os outros poderão aparecer.
À
propósito deste último conceito há ainda uma outra tarefa pedagógica diante do
PV e seu candidato:delinear o elemento de programa mais importante de nosso
dias,que é a reunificação da nação e principalmente das classes média e
operária,que o PT,lendo orelha de livro de Marx,irresponsavelmente separou.
O
senado Álvaro Dias e o PV podem entrar no proscênio da História com uma função
pedagógica com reflexos para os próximos anos.Os economistas estão concordes em
dizer que só com o sacrifício geral das classes e atores sociais e políticos do
Brasil se debelará a crise de desemprego que o partido do “ maior líder trabalhista
do século”(Dilma,na primeira eleição)criou.
Os
outros pretendentes à cadeira presidencial devem acrescentar a este programa
uma consulta popular,para fazer uma reforma política,segundo os desejos do povo;devem
recuperar as teses do nacionalismo(sem xenofobia),no rastro da reconciliação
nacional.
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