Passada a posse e os primeiros atos de Trump é o
melhor momento para se fazer um balanço desta situação inesperada toda,não pelo
fato de ganhar um republicano,mais este republicano,um
homem que não é da política.
Em primeiro lugar nós da esquerda precisamos
deixar de lado o elitismo típico dos teóricos e entender as necessidades das
pessoas comuns que habitam as nações,que podem não ser o homem ideal de Guevara,mas
são as pessoas reais,de Mao Tsé-Tung.A vitória de Trump,contra a minha
vontade,confirma a minha idéia de que a
esquerda precisa incorporar no seu corpo doutrinário a nação,com todas estas
suas imperfeições.
Em segundo a relação realista das nações implica
que cada nação resolva os seus problemas,mas todos se ajudando.É uma junção
pefeita entre o mundo real e o sonho ,Don Quixote e Sancho Pança e este é um programa de vida.Eu me lembro que
quando integrei o CACO na gestão de Vinicius Cordeiro,montamos o nosso restaurante,após
muita luta.O pessoal do IFICS,ali perto,passou a usá-lo e nós exigimos que os
nossos colegas resolvessem o seu problema e nós os ajudamos.
Ao falar no muro no Mèxico , Trump destrói a idéia
de solidariedade e recoloca o exclusivismo
chauvinista na ordem internacional,mas ao mesmo tempo põe o realismo de que os
países precisam resolver os seus próprios problemas.O México,que é um país que
eu adoro e é importantíssimo,deve resolver o problema da miséria,com a ajuda de todos.É irrealistico e ingênuo não
pensar que muitos politicos mexicanos transferem o problema do seu país para os
Estados Unidos.
Neste sentido e por estas razões,apesar de
tudo,acho Trump um choque de realidade,que a esquerda deve analisar e aprender
com esta derrota,para se modificar e evitar uma ampliação da força da direita
no mundo.Ano que vem tem eleição no Brasil e na França,podendo ocorrer dois
desastres:Bolsonaro e Frente Nacional.