Para analisar o
que acontece na Coréia do Norte e seu entorno,é preciso recordar como eu encaro
os países do chamado “ socialismo real”.Estes regimes ofendem a teoria e não têm fundamento.São “ gigantes”
de pés de barro,prontos para cair.Como a maioria dos analistas o problema todo
é o imponderável que esta situação básica provoca,mas existem alguns outros
problemas ignorados.
Um dos problemas
ignorados é a relação do Japão com os Estados
Unidos,porque no seu contexto ainda não acabou a 2ª Guerra Mundial,pois a
Constituição nipônica é ainda tutelada.Os ataques da Coréia sobre o Japão são
uma estratégia calculada para romper este equilíbrio que já devia ter sido
modificado pelo passar do tempo e pela importância do Japão no mundo de
hoje,aparentemente diferente do do século passado.
Digo aparentemente
porque a sua continuidade pode indicar que,pelo menos da parte dos Estados Unidos,o
Japão ainda é um perigo.
Os desenvolvimentos
históricos do Japão até ao episódio Mishima em 1970 parecem indicar que o
desejo de revanche ,principalmente insuflados pela potente direita japonesa(a
qual pertencia Mishima),revelem que ,sob as cinzas,há brasa.
Outro aspecto:o
físico brasileiro José Goldemberg concedeu uma entrevista ao Globonews no ano
2000 afirmando que a Coréia não tinha arma nuclear nenhuma,usando uma metáfora
até engraçada:” é como se porque existe ferro nas montanhas de Minas,o Brasil
estivesse com mais industriais e carros”.
De lá pra cá a
situação mudou de um jeito drástico,chegando ao ponto de a Coréia poder ter,supostamente
,um arsenal próximo do dos EUA(eu não acredito).Então neste meio
física/Mídia/agências internacionais,há um ruído de informação,proposital ou
por incompetência mesmo.
Mas a verdade é
que a Coréia sempre fez este escarcéu para negociar nas suas bases algo que não
tem nada a ver com transição para um regime democrático.É o mesmo o que acontece em Cuba:se houvesse uma
intercambiação,pelo menos comercial ,entre os EUA e Europa com a Coréia o regime
tinha tudo para cair,mas o que impede isso é a China,porque ela teme uma
catástrofe humanitária ,com milhões de migrantes chegando nela,famintos e sem nada.
Não há como
separar a questão da Coréia de uma transição e como ela não o quer, os
elementos casuais,a falta de fundamentos naquele país e ,agora,a entrada de um
doido na casa branca põem em imediata possibilidade de acontecer aquilo que eu já pensava quando
da queda da URSS):o acaso,a presença de um doidão(ou dois).A URSS, juntamente
com os Estados Unidos,tinha meios de evitar,no contexto nuclear, o mais
perigoso fator para o desencadeamento da guerra nuclear(que já começou[em
Hiroshima e Nagasaki]{Hannah Arendt}),que eu penso que não será universal(pois
só a China é aliada oportunista da Coréia).
Se houver um
ataque dos Estados Unidos a China pode intervir e aí outros países podem vir a
ajudá-la,mas eu não acredito,porque a China está empenhada em competir
economicamente com os EUA e não sairá deste foco.
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