O significado da vitória de Macron na França
Ter barrado o avanço geral da direita e ter reconhecido
o problema real de nossos dias:o que sobra,o que fica é a nação,não a dicotomia
direita/esquerda,que está sob fogo
cerrado,como nunca na história.
Também pode-se dizer o mesmo da Guerra-Fria,que
permanece nestas diatribes esquisitas entre Estados Unidos e Rússia.Nunca se
teve tanta oportunidade de acabar com ela ou com os seus resquicios,após a queda do muro.
A nação é uma faca de dois gumes,mas ela é
inevitável.Tanto a vitória de Trump como o terceiro mandato de Angela Merkel(e
a tentativa de um quarto)expressam desejos de hegemonia politica.No caso alemão
isto fica claro na relação com a crise grega.Merkel quer juntar a comunidade
européia com a preservação de sua hegemonia frente aos países pequenos do leste
europeu,o que a protegeria da Rússia,como sempre.Foi isto que impulsionou o
Brexit.
E a vitória de Trump ,que buscou representar os
interesses médios do cidadão estadunidense,que não liga a mínima para os
direitos LGBTS,mas precisa comer e se empregar,muito embora não significando nada em termos de apoio a
blocos,muito pelo contrário,marca uma permanência do problema nacional,mesmo
que o integracionismo seja uma exigência inelutável.
Se o mundo real é a nação, é a partir dela que
devemos pensar no futuro.É a partir dela que devemos pensar em mudança,isto foi
o que o povo francês apoiou elegendo Macron.
E não se venha dizer que ganhou por causa do
radicalismo de direita de Le Pen,porque o Partido Socialista estava lá e não
foi nem considerado.
Esta desconsideração é um sinal de uma nova
época,de uma ruptura desejada com o passado e com os erros cometidos pela
politica tradicional.
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