quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Ai! não:Trump?



As últimas noticias são aterradoras.Trump,aquilo,começa a crescer na eleição estadunidense,um sujeito que só tem o mérito de ganhar dinheiro.Na verdade ele está crescendo muito em função daquilo que eu disse em passant no último artigo em que  vaticinava a vitória de Hillary como tranqüila e inevitável.Antes que eu seja acometido de criticas sobre um possível erro de previsão,quero dizer que a História é conseqüencial,seu movimento não está pré-dado e o que acontece no momento seguinte pode mudar todo o panorama de uma realidade social qualquer.
Eu disse que ,sendo mulher,e feminista,Hillary teria que estar um tom acima,” tornr-se mulher(e forte)”,para seguir os dizeres de Simone de Beauvoir.Se ficasse no mesmo patamar do adversário as tendências a confiar neste último cresceriam,por causa dos preconceitos médios da sociedade.
O feminismo é bom,mas ele passa uma imagem de vitimização(não raro verdadeira)da mulher ,e na hora de postular uma liderança esta vitimização não pega bem.Além do quê,como se depreende do que  acabei de dizer,a média ética da sociedade tem que ser convencida de que um gênero supostamente preparado para lavar panelas é mais do que isto(como de fato é).
A única política que postulou a liderança e ganhou,sem estes percalços e problemas,foi Margaret Tatcher,que não se colocava como feminista.
Não é o voto em Trump que cresce ,é a desconfiança em Hillary.Ele tem a vitória nas mãos diante de um candidato histriônico,que rompeu com uma tradição comum nas escolhas presidenciais estadunidenses:sempre no inicio,um fanfarrão aparece para chamar a atenção para o partido,que depois lança alguém sério.Desta vez o Partido Republicano não colocou ninguém sério neste vazio e não há como atribuir a  isto um significado de estratégia,supondo que já sabiam ser Hillary “ fraca”.
A presença de Hillary,a necessidade de uma primeira mulher Presidente dos Estados  Unidos,após um Presidente negro,parece ter desbaratado as tradições e o cenário eleitoral americano ficou como que num pântano.
Mas só Hillary pode reverter tal situação.Acho um perigo,um tiro que pode sair pela culatra, envolver lideranças democratas a menos de uma semana da eleição,porque isto pode aprofundar a dependência de Hillary(aos olhos do eleitor médio)do mundo masculino e aprofundar o seu isolamento.
Na minha opinião estes valores autocríticos quanto ao feminismo e sua vitimização deveriam ser expostos na campanha,explicados à média ética da sociedade, que entenderia o que é fundamental nos dias de hoje:não colocar um despreparado na Presidência dos Estados Unidos,alguém que pode nem terminar o mandato.Um Nixon redivivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário