As últimas
noticias são aterradoras.Trump,aquilo,começa a crescer na eleição
estadunidense,um sujeito que só tem o mérito de ganhar dinheiro.Na verdade ele
está crescendo muito em função daquilo que eu disse em passant no último artigo
em que vaticinava a vitória de Hillary
como tranqüila e inevitável.Antes que eu seja acometido de criticas sobre um
possível erro de previsão,quero dizer que a História é conseqüencial,seu
movimento não está pré-dado e o que acontece no momento seguinte pode mudar
todo o panorama de uma realidade social qualquer.
Eu disse que
,sendo mulher,e feminista,Hillary teria que estar um tom acima,” tornr-se
mulher(e forte)”,para seguir os dizeres de Simone de Beauvoir.Se ficasse no
mesmo patamar do adversário as tendências a confiar neste último cresceriam,por
causa dos preconceitos médios da sociedade.
O feminismo é
bom,mas ele passa uma imagem de vitimização(não raro verdadeira)da mulher ,e na
hora de postular uma liderança esta vitimização não pega bem.Além do quê,como
se depreende do que acabei de dizer,a
média ética da sociedade tem que ser convencida de que um gênero supostamente
preparado para lavar panelas é mais do que isto(como de fato é).
A única política
que postulou a liderança e ganhou,sem estes percalços e problemas,foi Margaret
Tatcher,que não se colocava como feminista.
Não é o voto em
Trump que cresce ,é a desconfiança em Hillary.Ele tem a vitória nas mãos diante
de um candidato histriônico,que rompeu com uma tradição comum nas escolhas
presidenciais estadunidenses:sempre no inicio,um fanfarrão aparece para chamar
a atenção para o partido,que depois lança alguém sério.Desta vez o Partido
Republicano não colocou ninguém sério neste vazio e não há como atribuir a isto um significado de estratégia,supondo que
já sabiam ser Hillary “ fraca”.
A presença de
Hillary,a necessidade de uma primeira mulher Presidente dos Estados Unidos,após um Presidente negro,parece ter
desbaratado as tradições e o cenário eleitoral americano ficou como que num
pântano.
Mas só Hillary
pode reverter tal situação.Acho um perigo,um tiro que pode sair pela culatra,
envolver lideranças democratas a menos de uma semana da eleição,porque isto
pode aprofundar a dependência de Hillary(aos olhos do eleitor médio)do mundo
masculino e aprofundar o seu isolamento.
Na minha opinião
estes valores autocríticos quanto ao feminismo e sua vitimização deveriam ser
expostos na campanha,explicados à média ética da sociedade, que entenderia o
que é fundamental nos dias de hoje:não colocar um despreparado na Presidência
dos Estados Unidos,alguém que pode nem terminar o mandato.Um Nixon redivivo.
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