segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A república não pode ser o marisco aqui no Rio.



Apesar de tudo nós podemos colocar um debate sobre a República e seu significado aqui no segundo turno do Rio de Janeiro,porque a palavra mais comentada ontem,após  os resultados, foi laicização,um tema que eu tenho debatido aqui muitas vezes e que agora se colocou diante da escolha do cidadão ,no estado que tem mais repercussão nacional,no plano da cultura.
Porque por mais que Crivella venha agora dizer que é laico,insistindo que vai saber separar religião de política,ele não chegou onde está senão fazendo esta junção ilegítima:se associando claramente a uma religião e se aproveitando dos votos de sua igreja e de  seus ecos.
Não tem como separar e embora o programa não fale diretamente de religião,nós podemos esperar medidas conservadoras,indiretamente influenciadas ,como ensino religioso,volta dos privilégios para os pastores,um moralismo que ele terá que seguir,seguindo a sua igreja,a menos que  agora  queira ficar isolado.
Crivella é o candidato mais antirepublicano da História no Rio de Janeiro.
E por outro lado nós temos a oportunidade de colocar uma esquerda associada ao compromisso democrático do republicanismo,pois para vencer o adversário ele,Freixo,(e a esquerda)terá que bater nesta tecla,segurando os setores radicais que tentarão colocar no seu programa mais idéias de esquerda,” hegemônicas”,do que republicanas,ou seja,endereçadas a todos.
A meu ver se isto ficar claro ,mesmo setores já recusados em alianças eventuais de segundo turno ,como PMDB e PFL,vão apoiar a esquerda,se ela se modernizar, seguindo este sentido.Senão será um combate entre uma religião e uma esquerda ultrapassada “ hegemônica”,ficando a  república,no meio,como marisco.

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