Vendo o
documentário sobre a entrevista de Sean Penn com El Chapo tive mais informações
sobre a origem deste astro de Hollywood,que eu sempre soube ser de esquerda,mas
que agora me parece mais radical,mais à esquerda ainda,quiçá comunista.
O pai de Sean
Penn foi Black Listed na época do macartismo,ou seja,muito provavelmente
comunista ou com condições para ser considerado como tal.
A postura
radical inicial da carreira de Sean Penn o tornava mais um rebelde sem causa
,na linha mercadológica de um James Dean ou Marlon Brando de “ The One” e ele o foi até este episódio e digo porquê eu
acho isto.
Primeiro é
uma atitude radical demais estabelecer relações(amistosas[por suposição]) com
um criminoso e como Sean Penn tem sido um ativista de causas humanitárias isto
seria ou psicose ou surto ou uma contradição difícil de sustentar.
Vendo o
documentário outra possibilidade de explicação aparece,que é a de que a tentativa
de entrevista gorou pela intervenção legítima do governo mexicano,que usou
,talvez,uma certa imprudência do ator,para chegar até El Chapo,mas o fato é que
ele queria(Sean Penn)fazer perguntas especificas e não conseguiu.
As perguntas
é que são este caminho de explicação.Parece-me que Penn quis demonstrar as ligações entre o tráfico e
as altas sociedades dos Estados Unidos e de todos os lugares,revelando o
segredo de polichinelo das elites hipócritas,que fazem o discurso moral nós e
eles.Os bons são as pessoas bem sucedidas ,os maus são os que não são.Mas o
crime deve o seu crescimento em parte à adesão chique destas elites.
Mais do que
isto,para mim,este episódio mostra como a esquerda moderna pode abordar o
problema de classes de uma forma diferente da simples constatação de luta de
classes,mas mostrando as perversas relações entre elas,não fazendo esta
vitimologia,humilhados e ofendidos,exploradores e explorados,a questão é mais
complexa.
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