Estes
momentos de transição e de crise
oferecem uma oportunidade(ô chavão)de observar com mais clareza o
desenvolvimento do país(se ele existe)no campo político ,porque agora não se
trata de desconhecer as classes sociais subalternas como partes do processo político
legitimo,quero dizer,não há porque fazer
retaliação contra os apoiadores de Dilma.
Ocorre que é
isso o que pode sobrevir,até como pressão sobre o eventual Presidente
Temer,porque as classes médias não
vieram às ruas também,senão com uma visão egoístico passional,não nacional.As
classes médias foram deixadas de lado,mas isto não quer dizer que é legitimo
politicamente destruir as classes menos favorecidas,mas incluir todas num
projeto nacional que acabe com o assistencialismo ,que acabe com o preconceito em relação à
classe média,propondo uma distribuição melhor da tributação;fazer um projeto de
investimento na classe média,porque desde o final do primeiro governo Lula o
país está em recessão e o Presidente naquela ocasião não parava de gritar que o
“ espetáculo do crescimento viria”.Não veio...
Esta
recessão,falta de investimento ,desde então ,atinge as empresas ,que não
contratam.
Nestas
horas,de reformatação do país e de uma necessária reforma política,cujo
processo subliminar,queiram ou não ,se impõe,é preciso pensar além das
eleições,além das relações entre partidos,mas se conectar com a nação,com a política
de estado geral.
Ao pensar em
eleições,fica difícil deixar de barganhar com idéias positivas ou novas idéias
e na prática política do brasileiro,que é sempre assim,nem se cogita de fazê-lo,mas
esta é a hora de olhar para os esgarçamentos da sociedade e rearrumá-los de uma
forma que ajude este projeto nacional a nascer.
Para isto é
preciso ter coragem para romper com a prática e
se postar neste momento como um propagandista de novas visões,sem se
importar com 2018.Existe algum partido capaz de ter esta coragem?
Eu tenho medo
de que o Presidente virtual Temer sofra
tanta pressão para o outro lado que acabe gerando,com suas decisões uma
continuidade da crise,na política e na economia.Esta desolação política,esta
acefalia dinâmica é como a música do Marcelo Yuka:o silêncio o esporro o
precede.
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