quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A paixão de Hitler



O que eu queria dizer num artigo mais aprofundado é que o livro de Hitler,se  não fossem os acontecimentos políticos futuros não teria importância nenhuma.Hitler tinha uma certa cultura não acadêmica,é verdade,mas não era um escritor.
Mein Kampf é um solilóquio,um monólogo entremeado ,às vezes,de texto coerente.Em determinados momentos,em temas que ele aprendeu do esoterismo de direita do século XIX  ele começa a falar consigo mesmo,e o leitor que o siga.
Fazer uma exegese,uma hermenêutica,de um livro qualquer só é válido quando este livro tem um valor profissional por si mesmo ou quando,de fato,ele possui possibilidades,potencialidades  identificáveis após verdadeira e conscienciosa análise.
Os livros  de Aristóteles ou Platão,as grandes questões  postas pela Biblia ,mas o livro de  Hitler,como está  sendo abordado na Alemanha,revela,como eu já disse  uma intenção de recuperação como se o sofrimento de Hitler,a paixão de Hitler, fosse mais importante do que aquele das pessoas que ele  jogou no forno.
Não sei porque tem-se uma nostalgia de Hitler.O fato do filósofo Max Scheler dizer que  esquecer o nazismo é culpa ,não significa que devemos  reduzir tudo á figura de Hitler.O fenômeno social e político é mais complexo.

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