O que eu
queria dizer num artigo mais aprofundado é que o livro de Hitler,se não fossem os acontecimentos políticos
futuros não teria importância nenhuma.Hitler tinha uma certa cultura não
acadêmica,é verdade,mas não era um escritor.
Mein Kampf é
um solilóquio,um monólogo entremeado ,às vezes,de texto coerente.Em
determinados momentos,em temas que ele aprendeu do esoterismo de direita do
século XIX ele começa a falar consigo
mesmo,e o leitor que o siga.
Fazer uma
exegese,uma hermenêutica,de um livro qualquer só é válido quando este livro tem
um valor profissional por si mesmo ou quando,de fato,ele possui
possibilidades,potencialidades
identificáveis após verdadeira e conscienciosa análise.
Os
livros de Aristóteles ou Platão,as
grandes questões postas pela Biblia ,mas
o livro de Hitler,como está sendo abordado na Alemanha,revela,como eu já
disse uma intenção de recuperação como
se o sofrimento de Hitler,a paixão de Hitler, fosse mais importante do que
aquele das pessoas que ele jogou no
forno.
Não sei porque
tem-se uma nostalgia de Hitler.O fato do filósofo Max Scheler dizer que esquecer o nazismo é culpa ,não significa que
devemos reduzir tudo á figura de Hitler.O
fenômeno social e político é mais complexo.
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