terça-feira, 23 de junho de 2015

Algumas reflexões táticas sobre o movimento lgbt




Tenho  que  fazer  algumas  refexões,como   cidadão,que  vota   a favor    dos direitos  lgbt,sobre  condução da  luta  ,especialmente  depois  da  foto abaixo:


E  ela  é  bem interessantezinha...



Eu  já  disse  em outro artigo  que todos  os  movimentos,quando  começam  enfrentam  problemas típicos  de  formação e  crescimento:inadequação  com  os fatos do real  e  divisões  internas.Mas  avulta  em  importância  ,no caso  lgbt  uma  distinção  cara  a Gramsci :passionalidade.Existe  no  elemento  homoafetivo,algo  erótico,amoroso ,que  às  vezes  confunde  um  pouco  os  militantes  no sentido  de  contestar  o  poder de um  lado e de  outro  gostar dele,de  sua  força  fálica.Mostrar  o  sofrimento,em qualquer  movimento de  reivindicação é  um  meio de legitimar a luta,mas  torná-lo  finalidade  é  reproduzi-lo subjetivamente,é  se  tornar  vitima ,se  tornar  vitimológico e  construir  sua  identidade  permanentemente por  esta  condição.Esta  condição  paralisa   o  movimento porque  o reduz  ao  momento  egoistico-passional em  que  se  confunde  o  problama  pessoal  com o  coletivo
e ,de  modo  geral,quando isto  acontece  o  que  predomina não  é  o  movimentoo  coletivo ,mas pessoal, com  seus  problemas e a í ,lógico,o  movimento  já acabou.
Decerto    em  todos os  movimentos ,com  um traço de imaturidade ,isto acontece porque  é  um  construção  dificil o  equilibrio entre  as  necessidades  individuais  e coletivas,porque  um  não  pode  prejudicar  o outro,mas  devem ,naturalmente,se  ajudar.
É  lógico  que  há um  direito  de se associar  à  imagem de  um ser de  sofrimento  como  Cristo,porque  o  sofrimento  é  um  só,não  havendo  sofrimento  legítimo,pelo menos  para a  pessoa  de bem.E  também  porque  ,admitindo  que  Cristo  seja  uma  pessoa  de bem,não  seria  contra.Da  mesma  forma Cristo  é  maior,como ser  de  sofrimento,a  qualquer  discurso,de  qualquer  Igreja,porque  nenhuma  delas  está  no mesmo  nível  divino deles,dito  por  elas  próprias(argumento  ontológico)e  ao  que  se  saiba  não  estabeleceu  distinções  entre  um  tipo de  sofrimento e  outro.
Contudo  há  que  prestar  atenção  na  necessidade  atual  do  movimento  de  convencer a  média  ética  da  sociedade  brasileira,que  é  religiosa,de  não  ouvir  prédicas  excludentes  e  discriminatórias.Há  que  elevar  o  nível de consciência   desta  média  e  mudá-la  ,no sentido de  mostrar  que  a  adesão  à religião  não é  mais  importante  do  que  aquilo  que é  decisivo  em  toda  prática  sexual escolhida  legítima:a  busca  da  felicidade.



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