sábado, 23 de maio de 2015

Direita e facas



Antes de retornar  para  o  problema  nacional,quero  fazer  uns  comentários  sobre  estes esfaqueamentos  na  cidade e  a sua  repercussão    porque tudo  me  parece  dantes  como no  quartel de Abrantes:quer  dizer , me  parece  que  isto  não é  fortuito,mas  uma  armação  destes  grupos  que querem  justificar  a  redução  da maioridade   penal  e mergulhar o  Brasil  em  trevas  maiores  ainda.
Aqueles à  esquerda  que  disserem  ironicamente  que  eu já devia  saber,replico que  é  importante  ressaltar  diante  da  sociedade  brasileira  este  fato e  eu  não estou  vendo tal denúncia  em nenhum lugar,nem por hipótese  que é  o  que eu estou  colocando   aqui.
E  aqueles  que,pela  direita  me acusarem  eu  respondo que  tal  reação,eventual,mostra  o  caminho quanto à  veracidade  desta minha  desconfiança.
Desconfiança e  preocupação  com  os descaminhos  da  política  brasileira  que  se  torna  mais  e  mais  antiética  e  mais  invasiva  da  vida  social.Quando os de cima,os  que governam  metem  os  pés pelas  mãos,os  de  baixo  pagam,quando    acefalia,ou  o  poder  demonstra  ambigüidade ,a  tendência  da anomia  subseqüente  é que o povo  sofra  os respingos.Neste  caso  respingos  mais  perigosos que  pode  haver.
Desde  as  manifestações  percebo um  clima  de  contestação  mas  ao  mesmo tempo de falsidade,de teatro,deste  teatro político  que  visa  enganar  as  pessoas  com  situações  catastróficas  à  vista.O  pior  é  que  os  erros do  governo,aliados ao continuísmo ,acabam  criando  o caldo de  cultura  para    este  falso clima,que  viceja  diante  dos inúmeros  problemas  constantes  do cotidiano  da  cidade.Se a demanda  da sociedade  não é senão jogada  para de baixo do  tapete,uma  hora explode sobre  as instituições,passando  por cima  delas.
Eu  não  estava  errado quando  votei  em Aécio,em nome  e somente em  nome  da alternância  de  poder.Isto teria  garantido  o  processo democrático  e o  respeito à  sua  padronização  ajudaria  a  resolver melhor os  problemas e evitaria esta  confrontação  que  cria  o clima.
Como eu  disse  chegamos  a um  ponto em que  a democracia  brasileira  precisa  mostrar a  sua maturidade e  força,para continuar.
Após  o  impulso  pós –ditadura chega  o  momento  da  estabilização  e  esta  depende  da  resolução dos problemas e  esta,por sua vez,da continuidade  da  democracia.
Infelizmente  os  atores políticos demonstram  mais preocupação com os  seus  interesses  do  que com  o Brasil.Também  são  representantes  que foram  formados  nas  lutas  do passado  e  embora,por  causa  disto,defendam a  democracia,carregam  em si  um DNA  passadiço que  os impele  a soluções  anti-democráticas(continuísmo-congresso  impositivo),juntando  ao contexto  ares de  perigo.
É  hora  de entender a  necessidade de  corresponder  às demandas  do  povo  com  atividade  substantiva e não jogo de cena  como  esta  proposta  nefanda  da    redução”,que se  aprovada,colocará  a direita no proscênio,para  novos  espetáculos  de barbárie.

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