Eu já
fiz numa petição de
princípio a afirmação
de que num sistema
presidencialista,de executivo
forte,todos os ministros devem
ser escolhidos pelo presidente dentro
dos partidos que comungam do seu
programa.Ponto.
Desde Getúlio
até agora Dilma,passando por
Lula e Jango,nós vemos
que os executivos de
governos ditos progressistas de esquerda,são obrigados,por diversos
motivos,a aceitar ministros e políticas
contrárias ao pensamento
do presidente.
No caso
de Getúlio,a radicalização
nacionalista de seu
governo obrigou na metade a
uma recomposição ministerial
que lhe foi fatal
na crise final de
agosto de 54.
Jango só voltou
ao presidencialismo porque
aceitou a imposição da direita
,que ficou com a
área econômica de
seu governo.Quando ele
tentou sair desta camisa-de-força,foi o que se
viu.
Lula perdeu o
controle no seu
segundo mandato por
causa do mensalão.Conseguiu,através da
novidade de Dilma,recuperar um
pouco este dominio,mas agora,ficou
claro que a
situação é não só a
mesma,mas piorou,havendo dúvidas
em relação à presidente,tão
cantada antes em
prosa e verso e agora acusada de mentirosa
e sem autoridade.
Será que
ela caminha para
um fim tão
ruim para ela e
para o povo,quanto
os outros citados
governos?
Mas mesmo
que nada aconteça (é
o que nós
queremos)a tendência no
Brasil é este esquemão
fisiológico permanecer e ganhar
mais força,podendo inclusive pender para a
direita se os politicos
reféns de esquerda continuarem neste
jogo imprestável.
O que era
preciso Lula fazer era reformatar
o Partido e a esquerda,mas
como já disse também
em outras ocasiões ,Lula conhece
muito a vida,mas não
tem referenciais históricos e
teóricos para empreender
esta tarefa que é a de
nosso tempo,porque o
pensamento progressista está
se esvaindo em assistencialismo
e inocuidade.
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