Uma das
causas da preguiça
mental das esquerdas
brasileiras(mas acho que no
mundo todo)é o conceito
de “ consciência de classe”
que foi criticado de
forma chinfrim e inócua
por Gyorgy Lukács.
Sob este conceito imagina-se(o
termo é este) que quando uma
pessoa está inserida
numa classe,com suas
características “ objetivas”(se
a sociologia é objetiva
como as ciências naturais)ela
pensa segundo este
interesses objetivos de
classe.
O meu
antigo mestre Roland
Corbisier dizia que o único que
transcendia às classes era o intelectual,que pelas
idéias podia defender as
outras classes e não
aquela em que ele
nasceu e viveu(como
este professor que era
de classe média e tinha um sitio).
Eu ,que
não sou um
intelectual,mas um cidadão
inferior, sou “fascista
e ignorante” como acusou
a senhora Marilena
Chauí,integrante da classe
média como sou.
A minha
atuação como professor,que
é uma profissão
de classe média(não é
proletária),não conta.A luta no sindicato
pela melhoria dos salários
é uma atitude fascista
e ignorante.
Todos os
próceres do marxismo e
da sociologia sempre
se referiram às classes(deixando a
visão vulgar do stalinismo)como , ela própria,dividida em estratos
e segmentos,que devem ser considerados.
Assim
sendo a
idéia de que a
inserção objetiva na classe
determina a sua visão
axiológica não tem
sentido,primeiro,por causa desta
segmentação,que derruba a idéia
de uma consciência de classe e
em segundo por causa do
fato de que as idéias
não são as únicas
formas de transcender às classes,mas,principalmente,os valores,pois
todos possuem valores,de forma igual,não
havendo diferença ,neste
sentido,entre o intelectual e o
mendigo.
Esta distinção
elitista vermelha é resultado
do erro persistente destes esquerdizóides de não
entender que as
ciências sociais têm um substrato subjetivo
que as diferencia
das ciências naturais.Elas não
são objetivas como eles
insistem e o objetivo
não determina ipso
facto a subjetividade(uma loucura).O fora-de-si não
determina o em-si
e por-si como
diz Hegel.
É isto
o que dá se
especializar até não agüentar
mais,só
ler Spinoza e
o marxismo vulgar,vira-se preguiçoso.
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