sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A barreira para a laicização vem desde Constantino



O  meu  critério  de abordagem da religião  é  separar  a  crença, da política  e  do poder.A  religião,como a única  organização  de massa da  História é  inevitavelmente  refém  do poder e  da política.Sempre  foi assim,mas  a  partir  de Constantino a coisa  mudou num sentido muito específico  de amplo  uso  dos  valores  religiosos.
Todos  sabem  que pelo  Édito de Milão,Constantino   tornou o cristianismo  religião  oficial do Império  Romano.Todos  sabemos a história por trás  desta  decisão,a influência  de sua mãe  cristã,Santa Helena,mas  ,no que tange a  Constantino, tudo se  reduz ao problema  que está  aí até hoje,no Ocidente,emperrando  a real  separação da igreja  e  do estado,que,em muitos lugares,ainda é um  projeto.
Constantino fez o que fez  para  manipular as  massas em prol da  legitimação do seu poder ,somente isto  o  interessou.Até hoje é este o  critério  de todo o político.Nenhum  político  no  Brasil ataca  verdadeiramente  os problemas,porque  não  quer  se indispor  com  os eleitores,que são  na sua quase totalidade,religiosos e,no Brasil,cristãos.
Toda a  necessidade de laicização,todo o  programa    laico,como  o controle  populacional,o estado  que não se imiscui  em política,o  cidadão  que  sabe  separar  as  questões  práticas das  questões  religiosas,tudo  vai por  água abaixo  diante  das eleições  e  é  a  razão  pela qual a igreja  católica  se  opõe  a esta  plataforma,gerando sérios problemas  na sociedade,como  a gravidez  na adolescência,as  clinicas de aborto e  assim sucessivamente.
Mais do que a confusão entre   Igreja  e Estado o  que  existe,não raro,é a  tutela deste por  parte dela.
 

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