Após os
erros que o Presidente
Barack Obama cometeu na questão
do controle de armas,no inicio de 2014,pensei
que o seu
governo ia ficar neste
rame-rame,que equivalia a um naufrágio,o
qual facilitaria as
coisas para os
recentemente vitoriosos republicanos,estes últimos
interessados em recuperar
o salão oval.
Contudo ,com esta
decisão histórica de reatar as
relações com Cuba tudo
virou de novo a seu favor
e aos democratas,naquilo que
pode ser a maior
decisão de seu governo e aquela
que ficará na
História.
Esta atitude,que
vem sendo preparada pelo
Papa João Paulo II,quando
visitou a ilha,só seria
tomada por um democrata,mas mesmo
para este,seria um ato de
extrema complexidade e coragem.
Isto porque
ela tem um significado de expressão
do povo estadunidense,mas também atinge-o
em seus preconceitos
nacionais,os quais Obama
terá que tratar e
mudar daqui por
diante.
Não é a
primeira decisão deste tipo,basta lembrar
do problema da
saúde pública,que pode ter
favorecido as coisas
para os republicanos.Este modo
de agir indica um
papel de mudança que
os Estados Unidos
precisam ter e mais
do que isto,com
um Partido Democrata
no poder,o que
induz no mundo
uma preocupação maior com
a questão social
em vez de com
armas e segurança.
Esta decisão
colocou de lado os radicais de esquerda e
de direita,respectivamente
os que acham
que ainda é
possível manter Cuba
como está e os
que querem o
pior para ela,a
vingança do capitalismo
predatório sobre uma
nação soberana.
Os oportunistas
da Flórida,que sempre
ganharam eleições na
base da espiroqueteação do
anticomunismo e do anticastrismo,estrilaram com
medo de perder a boca.Senhora
Yoani Sanchez teme
ficar para trás.
Apesar das
imensas dificuldades pela
frente,duas nações soberanas acabaram com a guerra fria e vão discutir
como duas sociedades
preocupadas com problemas de grandeza
nacional e não em termos
de interesses particulares.
Eu sempre
entendi que os
Estados Unidos não têm
nada a ver com Cuba e
continuo pensando assim,mas
em função dos
interesses bélicos que formaram
este oportunismo em relação não
há como evitar a
constatação de que sem os Estados Unidos
não dá para desencadear um
processo de transição
na ilha que mantenha
as conquistas da
revolução e ,se não
puder melhorar a condição do
povo,que não piore.E
esta intenção estadunidense,feita por um
democrata,não um republicano , nos dá
confiança para acreditar que os
critérios das conversações serão neste
nível,no nível social
e humano e não,repito à farta,em
termos de interesses ,armas
e segurança.
Acredito que
apesar da maioria
republicana,a média da
sociedade americana não tem
mais preocupações com estas
palavras e haverá uma
pressão para que
não tenha recuos
nesta problemática cubana
o que nos
induz a pensar
que Obama fará
o seu sucessor e
isto é fundamental
se quisermos acabar
com tudo o que os
republicanos e mesmo democratas ,como
Truman, fizeram durante a guerra-fria,a
instalação do complexo industrial-militar.
Eu já
disse que o ideal para
os Estados Unidos
e o mundo são 30 anos de
governos democratas tipo Frank Delano
Roosevelt,porque aí a
questão social é
o que importará.Por
isso é fundamental
que os democratas tenham ,numa
época pós-guerra fria,ou
seja,sem justificativa para
guerras,continuidade e destruam
de vez a
influência dos cartéis da
guerra e os
que os sustentam,os
interesses econômicos,de
modo que
as nações,com preocupações sociais e
humanitárias predominem sobre
a venda de armas
e os discursos
belicistas ,para sempre.
Amén.
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