quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Grande Obama



Após  os  erros  que  o  Presidente  Barack Obama cometeu  na  questão  do  controle  de armas,no inicio de  2014,pensei  que  o  seu  governo  ia  ficar neste  rame-rame,que  equivalia a um  naufrágio,o  qual  facilitaria  as  coisas  para  os  recentemente  vitoriosos  republicanos,estes  últimos  interessados  em  recuperar  o salão oval.
Contudo  ,com esta  decisão histórica  de reatar as relações  com Cuba  tudo  virou de novo a  seu  favor  e  aos democratas,naquilo  que  pode  ser  a maior  decisão de seu  governo e  aquela  que  ficará  na  História.
Esta  atitude,que  vem sendo  preparada  pelo  Papa  João Paulo  II,quando  visitou a  ilha,só  seria  tomada  por  um democrata,mas  mesmo  para  este,seria um ato de extrema  complexidade e  coragem.
Isto  porque  ela  tem  um significado  de expressão  do  povo  estadunidense,mas também  atinge-o  em  seus  preconceitos  nacionais,os  quais  Obama  terá  que  tratar e  mudar  daqui  por  diante.
Não  é   a primeira decisão deste  tipo,basta  lembrar  do  problema  da  saúde  pública,que  pode ter  favorecido  as  coisas  para  os  republicanos.Este  modo  de  agir indica  um  papel  de  mudança que  os  Estados  Unidos  precisam  ter e  mais  do  que  isto,com  um  Partido  Democrata  no  poder,o  que  induz  no  mundo  uma  preocupação  maior  com  a  questão  social  em  vez  de   com  armas e segurança.
Esta  decisão  colocou de lado os  radicais  de esquerda e  de direita,respectivamente  os  que  acham  que  ainda  é  possível  manter  Cuba  como  está  e os  que   querem  o  pior  para  ela,a  vingança  do  capitalismo  predatório  sobre  uma  nação  soberana.
Os  oportunistas  da  Flórida,que  sempre  ganharam  eleições  na  base  da  espiroqueteação  do  anticomunismo e  do  anticastrismo,estrilaram  com  medo de  perder a  boca.Senhora  Yoani  Sanchez  teme  ficar  para  trás.
Apesar  das  imensas  dificuldades  pela  frente,duas  nações soberanas  acabaram com a  guerra fria e vão  discutir  como  duas  sociedades  preocupadas com problemas de grandeza  nacional e não  em  termos  de  interesses  particulares.
Eu  sempre  entendi  que  os  Estados  Unidos  não têm  nada a  ver  com Cuba e  continuo  pensando  assim,mas  em  função  dos  interesses  bélicos  que formaram  este  oportunismo  em relação  não    como  evitar a  constatação de que  sem  os  Estados  Unidos  não    para desencadear  um  processo  de  transição  na ilha  que  mantenha  as  conquistas  da  revolução  e ,se  não  puder  melhorar a condição  do  povo,que  não  piore.E  esta  intenção estadunidense,feita  por  um democrata,não  um republicano , nos    confiança para  acreditar  que os  critérios  das  conversações serão  neste  nível,no  nível  social  e humano e não,repito  à  farta,em  termos  de interesses ,armas e  segurança.
Acredito  que  apesar  da  maioria  republicana,a  média  da  sociedade  americana  não tem  mais  preocupações  com estas  palavras e  haverá  uma  pressão  para  que  não  tenha  recuos  nesta  problemática  cubana  o  que  nos  induz  a  pensar  que  Obama  fará  o  seu sucessor  e  isto  é  fundamental  se  quisermos  acabar  com  tudo o  que os  republicanos e  mesmo democratas ,como Truman, fizeram  durante a  guerra-fria,a  instalação  do complexo  industrial-militar.
Eu    disse  que o ideal  para  os  Estados  Unidos  e o  mundo são 30  anos de  governos  democratas tipo  Frank  Delano  Roosevelt,porque    a  questão  social  é  o  que  importará.Por  isso  é  fundamental  que os  democratas  tenham ,numa  época pós-guerra  fria,ou seja,sem  justificativa  para  guerras,continuidade e  destruam de  vez a  influência dos  cartéis  da  guerra  e  os  que  os  sustentam,os  interesses  econômicos,de modo  que  as  nações,com  preocupações sociais  e  humanitárias  predominem  sobre  a  venda  de armas  e  os  discursos  belicistas  ,para sempre.
Amén.

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