O segundo
mandato de Dilma começou
como era esperado:igual como
seria se o outro candidato
tivesse ganho.Teríamos que aumentar
os juros e
ficar correndo atrás de
conservadores e de
uma estratégia ortodoxa
para colocar a economia
nos trilhos ,do
único jeito que
os políticos sabem,que
é reduzir as despesas sociais
e aumentar tributos.É neste rame-rame
que estamos no mundo todo
desde 1930 e no
Brasil quando as
questões políticas desaparecem
diante da falta
de propostas ,a
solução Sarney vem
em socorro da vacuidade,trazendo à
baila a economia,o drama anunciado da inflação e assim por
diante.
O fato
é que era
tudo anunciado.Era claro
que os juros
teriam que aumentar,que
as contradições entre o
capital e as necessidades sociais
iam se aguçar e
assim sucessivamente.
Muita gente
ficou impressionada porque
a Dilma sumiu logo depois
de eleita,mas não
tinha jeito,a pressão
ia ser enorme e ela
precisou desqualificar o imenso
poder que adquiriu
,porque senão muitas
propostas
apareceriam,inclusive a de um terceiro mandato,que
,na minha opinião,se
se viabilizar,vai criar as condições
para um golpe.
Eu queria
analisar neste artigo
as inúmeras possibilidades trágicas
que esta “
translação” para a direita pode
causar.
Eu já
preconizara a tarefa de
Aécio de tornar o PSDB mais centro-esquerda para
evitar a guinada,mas tudo pode
acontecer,inclusive ele aceitá-la,como boa
situação para ele.
Mas quem,como
eu ,se preocupa com
o Brasil,toda a
hegemonia desta política conservadora pós-eleição é assustadora,na medida em que fomos desde os
pedidos de golpe até
a escolha de um
homem dos bancos
para ser ministro,algo
impensável para quem tem
uma visão conseqüente (eu acho)da esquerda.
Eu penso
que todo o
núcleo da questão
está na vacuidade desta
hegemonia e na presença dos radicais
na cena brasileira.
De um lado
os bancos,apoiados por uma suposta
esquerda e de outro
o problema de 64
opondo ex-guerrilheiros e a comunidade repressiva.
Quando o
delegado Sérgio Guerra depôs
há algum tempo atrás,ele
disse que toda esta
comunidade de informações estava intacta,querendo revelar
segredos desde que todo
este processo de revisão da lei de anistia terminasse.
Como esta comunidade
de informações é constituída
de pessoas ,digamos ,influentes
e já idosas ,a proximidade
do fim,com a vitória dos
guerrilheiros,no entender deles,pode suscitar
uma justificativa para se adiantar e
provocar algo muito sério,parecido com
64.
A guinada conservadora
que eu vejo ,patrocinada por um ex-partido de esquerda que
trouxe de volta
a inflação,tem tudo para
ou levar o Brasil
para a resignação ou para o
desespero que esta provoca,porque os
programas sociais,se não acabarem ,terão que ser sustentados
por tributos que
não agradarão à
classe média de Aécio e
para evitar isto estes
programas podem correr risco.Mas
nesta gangorra,a dúvida é
um mau conselheiro
nas próximas eleições.
Ninguém vence
Aécio,então ou Lula ou Dilma
terão que concorrer.Dilma é golpe.Ou o
PSDB é cooptado,o
que acho difícil,ou
Lula concorre,radicalizando um PT
mais livre e aí o
confronto tem tudo para
se fazer.
De qualquer
forma o Brasil
está mal.
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