quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Se não houver reforma política



Se  não  houver  reforma  política  ,se Aécio  não fizer  nada,o que restará aos brasileiros?A  única  saída é  modificar por dentro os partidos,com mais  pressão.Tudo indica que  não há nenhuma intenção ,por  parte deles,de  mudar,então  a sociedade civil terá um papel decisivo no  sentido de apresentar  as mudanças requeridas  e  fazer a pressão devida.
O  ideal  seria  o surgimento  de um  partido  novo,totalmente  diferente  destes,que têm a  ver  com  uma época  que    passou.Mesmo a  redemocratização    passou.
Tenho  dito  inúmeras  vezes  que  existe  ainda  um  entulho  autoritário  da  época  da  ditadura.Principalmente e  de forma excessivamente  prioritária  esta  questão  das  reparações.Exatamente,no  entanto,por  eu achar  que  esta  questão  está  sendo  usada  politicamente  por  ambos os  lados,acredito  que  a  época  da  ditadura  está  retornando,inviabilizando as  conquistas  da  redemocratização e  a pondo em  risco,de  novo.
Ninguém  está  defendendo  de   maneira coerente  a democracia,na  medida  em  que  não  leva  em  consideração  que  todos  estes  problemas  do  passado  não  são  mais  importantes  do  que as  necessidades políticas e  materiais  do povo  brasileiro.
A  democracia  existencialmente  é  o  melhor  regime porque  ela  consagra  o  outro,o  diálogo,mas de nada  adianta  considerar as  necessidades  do  outro se  o  que é  básico  para  ele  não lhe está sendo  plenamente  garantido.
Como  regime  coletivo  de  deliberação a  democracia emperra  com  facilidade,torna-se  ineficaz e    os  delírios,as  propostas  imediatistas e  sem  bom  fundamento  começam a  pulular,num  conjuntura  de cada  vez  maior de inadequação  entre  as  demandas  cotidianas  e  os  meios  que a  democracia  dispõe  para  supri-las  no tempo  devido.
Meu  medo  é  que esta  realidade  possa  estar  se tornando  comum  após  as  eleições .Nós  não vemos  canais,pelo  menos,de expressão  do  povo,reconhecimento  por  parte  dos  partidos  quanto às  exigências  novas  da  população,de  modo  que  era  preciso  um  partido  moderno  para  equilibrar  um  pouco,para  dar esta  expressão  sem cair  nos  referidos  delírios,sem apostar  na  agitação,mas  com  um  programa  capaz de atender  às suas exigências atuais.

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