O que
aconteceu em Minas
Gerais e que
parece ter sido a
maior causa da
derrota de Aécio no pleito presidencial foi
o de sempre:como Juscelino
em 60,Aécio partiu
para esta disputa
querendo evitar que
alguém que lhe
fizesse sombra ficasse
em Minas Gerais.
Como Juscelino
pensara e como manda
o receituário mesquinho
da política brasileira,era preciso
evitar que ,ao
sair do governo
em 1960,ficasse alguém
forte na presidência ,por isso,em
vez de apoiar
Lott,indiretamente,deixou tudo
na mão de
Jânio,aparentemente mais manipulável e
menos perigoso...
Mas não
só em nível
federal que pensou Juscelino.No nível
estadual,em vez de apoiar
Tancredo Neves,candidato do
seu
partido,apoiou(indiretamente)Magalhães
Pinto,que desencadeou o
golpe de 64,que o
cassou logo depois.
Ao colocar
em Minas um candidato
anódino,um placebo,o mesmo
não pegou no breu
e isto claramente
favoreceu Dilma,que ganhou
lá,um escândalo de
estratégia como nunca
se viu,mas que
não é novo,como
demonstramos.
A política no
Brasil é sempre feita
em nome pessoal.Não
digo que isto
tenha acontecido agora na Minas
Gerais de Aécio,que ficou
com o PT,mas de
modo geral,os políticos
temem eventuais sombras.
Todo candidato
que entra num
partido é tutelado
por alguém para
subir, sendo sempre
um “ garoto(a) de ouro”.Quando o “ garoto(a)de
ouro” senta numa cadeira
institucional,qualquer que seja,encontra
nas necessidades de governo
uma justificativa para
abandonar o seu
mentor de outrora,isto é,de
trair.
Este é
o medo do
mentor.Do padrinho,digamos.Quem melhor
resolvia esta questão
era Lacerda ,que tinha auxiliares profissionais.Os únicos
que eram técnicos e
alcançaram projeção na
política sem atingir
o chefe,foram Sandra Cavalcanti
e Rafael de Almeida Magalhães.
Do lado
oposto,o campeão de erros foi
Brizola,que apaniguou Marcelo Alencar,César Maia e Garotinho,que quando
adquiriram capacidade de vôo próprio,bateram de frente
com ele.A tal ponto isto
teve consequências sobre o trabalhismo,que na
eleição estadual de 86 Brizola
colocou como candidato
alguém que não
tinha vocação nenhuma
para o executivo:Darci Ribeiro.Talvez Brizola
preferisse que ele
perdesse,para continuar como
líder inconteste deste
movimento.
Mas isto
vale,mutatis mutandi para
Aécio.Ao agir pragmaticamente ele
comprometeu a sua eleição
de modo absoluto, mostrando
que nestes novos
tempos do Brasil ,desejados por todos,em
que as
mudanças são essenciais,os
programas também,o pragmatismo
não tem mais lugar
e deve ser superado.
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