Estes anos todos
de governo do PT
demonstram que o país ficou
preso a uma idéia antiga,ligada
à concepção errônea de que
só a luta de
classes pari a história,como diria dogmaticamente Engels .Para ele,como
para outros até hoje,a riqueza investida
para resolver de vez o problema social só viria no comunismo,que já
estava na ordem
do dia.
Como na nossa
época isto não acontece,temos que viver dentro de uma
sociedade capitalista a ser controlada
em seus aspectos predatórios.Neste sentido não há como
investir em soluções sociais
sem o capital.Parece,no entanto,que o PT faz uma
contraposição entre uma
coisa e outra,senão vejamos:como manter estes programas sociais com
o menor crescimento do PIB,nos
últimos vinte anos?Apesar de ter sido paga a dívida
externa(em termos porque o
PT apenas completou um
processo que vinha de muitos anos),não
a interna,que é mais séria,como
vai ser
possível(e como está sendo possível)mantê-los sem arrecadação,sem investimento na indústria(coisa de burguês)e com as despesas enormes com
copa do mundo e olimpíadas,diante,repito,de uma dívida interna enorme?
Este tipo de raciocínio
arcaico está obscurecendo o das
pessoas que não estão vendo que esta inflação,pequena,”
na meta”(como diz o PT),segurada
pelas taxas de juros(e não pela
produção),cristaliza um quadro de”
fio da navalha”,isto é,de que
estamos com os mesmos problemas de sempre,exceto um:um crescimento pífio,que só ocorre porque o governo insiste no erro de chamar
política social o verdadeiro
assistencialismo político-eleitoral
que grassa por aí.
A tarefa
fundamental do próximo governo é superar esta contradição e associar
política social com crescimento,porque senão a
situação corre o risco de estourar,na
medida em que mais
compromissos político-eleitoreiros exigirem participação num estado cada vez mais
inchado.
Não adianta esta
pancadaria,jogar pedra um no outro,adianta
é pensar no problema real
do Brasil.
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