Vamos continuar
o nosso trabalho.O artigo
de hoje é sobre
as revelações que têm sido feitas sobre o verdadeiro papel de alguns
cientistas e inventores famosos,nos últimos séculos.Eu vejo
necessidade de colocar este tema em
pauta porque as minhas conclusões são
consentâneas e adequadas ao projeto deste
blog.
As últimas pesquisas históricas demonstram
que a “ teoria do campo
unificado” de Einstein foi só uma manobra antiética do grande
sábio para se manter
na crista da onda das discussões
científicas.Mas esta teoria,desde
o início ,foi contestada e
tida como inviável.
Todos sabem hoje
que Marconi não era um
cientista,mas um empresário,que usou as
invenções e descobertas de outros para ganhar dinheiro,fato
que se aplica,mutatis mutandi,a
Edison.Este último foi realmente um grande
inventor,mas no final da vida se
tornou mais que tudo um empresário e predatório.
O que é preciso dizer é que ,com raras exceções ,do século XVIII
até ao final do XIX,se formou uma ética,dentro do espírito progressista do racionalismo oitocentista,segundo a qual o
conhecimento é de todos,não devendo ser
posse e propriedade de ninguém.
Quem cristalizou e aprofundou esta
ética,este cânon,foi,como já
disse aqui , Julio Verne,o
escritor que inspirou ,por exemplo(gol da Alemanha!35 minutos
do primeiro tempo e já está 10 a
zero!)o nosso Santos
Dumont,quem nunca patenteou as suas invenções e distribuiu
o dinheiro gasto nos prêmios entre os seus
mecânicos e colaboradores em
geral.
Ocorre que no
final do século XIX,com o surgimento de nações unificadas novas como a Itália e a Alemanha e
principalmente,depois da guerra civil,os
Estados Unidos,o mercado capitalista cresceu
assustadoramente,criando possibilidades de ganhos astronômicos para
pessoas abnegadas,que viviam ,às vezes,em
situação econômica precária.
Mas alguns,como Nicola Tesla,mantiveram este
critério de Júlio Verne até ao final,como o citado
Santos Dumont.Esta discussão prosseguiu no inicio
do século XX,notadamente
porque as nações citadas e
muitas outras,como a França,perceberam
que além dos ganhos astronômicos ,havia a conexão com o interesse nacional.
Santos Dumont cumpriu uma missão deste tipo em
relação à França,porque esta queria
barrar o caminho de avanço
tecnológico crescente de seu maior rival
na época:os Estados Unidos,pelo menos na
aeronáutica.
Contudo,embora
na aeronáutica os Estados Unidos
tivessem ficado para trás(para retomar depois a dianteira com as primeiras linhas aéreas),em
outros setores lideraram todo um esforço
de superação da ética de Júlio Verne colocando
no lugar a lógica do
mercado,através de figuras como Edison e
Graham Bell.
O primeiro ,para atacar a invenção da corrente alternada,de
Tesla,muito mais barata,realizou uma série de experiências
falsas,matando inclusive animais,de modo a provar que este tipo de corrente era
perigosa e não a dele,a corrente
contínua(que prevalece até hoje,exceto
nas hidrelétricas).
Graham Bell foi beneficiado por ter
usado esta conexão com os governos,no caso,o governo
brasileiro,para ocultar que o italiano Meucci tinha chegado à
invenção do telefone junto com ele.
O caso,no entanto,mais grave,foi o de Marconi;filho de um
banqueiro,que já tinha ,através de seu
pai,contatos com o governo
italiano.Todas as invenções de
transmissão da voz,já tinham sido realizadas
por outros cientistas e inventores e ele os reuniu de forma a constituírem
um aparato técnico capaz de ser usado
pelos governos,principalmente o seu,o da
Itália.Quer dizer,se beneficiando do
fato de que estes cientistas não tinham,segundo a ética do progresso,patenteado
os seus inventos,ele os
fez,dando-os como seus,se escudando
nas necessidades do mercado associadas às da nação.
Hoje,na própria
Itália,se atribui a primeira transmissão de voz a um padre brasileiro,padre Landell,cujo papel
comentaremos em outra
oportunidade.
Tendo provado Marconi que era factível
o sistema ,ele o vendeu à marinha
italiana e ficou ,da noite para o
dia,imensamente rico e estas falsidades
de sua informação e formação bem como de
seus reais interesses ficaram até aos dias de hoje.
Que lições podemos tirar destes fatos?Que o conhecimento não pode ser cooptado por interesses absolutos,de um mercado,que depois
estabelece quem pode acrescentar mais
progresso à humanidade;que o conhecimento,sendo de todos,não pode ficar na mão
de poucos,que,às vezes,nem se interessam,por seu desenvolvimento ,mas só com os
lucros,dentro da competição capitalista.
Guardadas as
devidas proporções é o mesmo o que acontece hoje com o
futebol(olhe ele aí-gol da Alemanha,não acabou
o primeiro tempo e já está
12 a zero):em nome da continuidade da galinha dos ovos
de ouro,da reprodução do capital,não é importante formar um craque,mas
fazer dele produto vendável,antes até de jogar futebol.O que acontece neste tipo de
capitalismo moderno é a reificação da
pessoa,em novas formas,nem sonhadas no
século passado.
A informática
quebrou um pouco este
sistema,quando a Microsoft foi inventada
numa garagem,mas hoje ela
cospe no prato e é inimiga da liberdade
individual de criar e inventar,que é condição do progresso democrático da
ciência.
Óbvio que existem necessidades de controle,mas estas representam uma ética
que não pode passar por cima desta
outra,que diz que o conhecimento é de todos,que
a alegria de conhecer deve partir e se endereçar a todos e ao homem comum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário