segunda-feira, 30 de setembro de 2013

D.João VI,Guevara,Pedro I,José Bonifácio,Alexandre,o Grande,Império Romano,Gorbatchev,Osama e OBama

Um pouco atrasado(kkkkkk)venho falar um pouco sobre a  independência  do Brasil,na  verdade sobre o nascimento do Brasil no contexto de construção de impérios,que era isto que importava naquele tempo,e no nosso.
Os ingleses é que deram a idéia a Dom João,então regente,de partir para o Brasil.Depois da Batalha de Iena(1807)e da Paz deTilsit(idem),a coalizão contra Napoleão percebeu que vencê-lo em batalhas era impossível e que então era necessário envolver as nações.
Napoleão lançou em 1808 o "bloqueio continental",mas nos extremos da Europa países se recusaram a obedecê-lo,razão porque ele invadiu a pensínsula ibérica para forçá-la.
Uma coisa,no entanto,é vencer uma batalha,outra dominar um país.Os espanhóis não aceitaram que Napoleão colocasse no trono seu irmão José e criaram o conceito moderno de guerrilha contra os invasores(que depois passou para a  revolução farroupilha no Brasil),até Madrid cair de novo em mãos nativas,o que obrigou Napoleão a intervir pessoalmente na questão,enfrentando os ingleses que já estavam lá.
Resolver este problema significava dominar a pensínsula como um todo,isto é,não só Espanha,mas também Portugal.
Em Portugal não haveria guerrilha,mas também  o problema nacional,para Napoleão,que como qualquer imperialista,desde os tempos deAlexandre,o Grande,se depara com a necessidade financeira de administrar os seus domínios.
Porque Alexandre,o Grande teve enormes dificuldades com Dario III,querendo ,inclusive,que ele fosse preservado no trono?Porque fica mais fácil para o dominador transferir a responsabilidade financeira de governo para os nativos,sendo que o exército conquistador mantém a situação  e saqueia.
Alexandre antecipou uma solução que seria de extrema importância para a expansão posterior  irresistível do Império Romano:fazer alianças políticas com os povos dominados,e mantendo-os  sob vigilância, claro.
Diante de Napoleão  se põs o mesmo problema ao invadir Portugal com1000 homens maltrapilhos.
O que fazer para admninistrar um país sem governo e sem elites governantes?
Napoleão afirmou em Santa Helena que o único governante que o enganou foi D.JoãoVI,cuja atitude serviu de modelo, em 1812, para o czar  da Rússia .
O Brasil surgiu como nação aos poucos,no contexto de constituição de Impérios,nos quais ele seria parte de.
A frase famosa de D.João,já Rei,que lemos emocionados nos livros escolares,"meu filho,lance mão  da coroa antes que um aventureiro o faça",representava o projeto dos dois de garantir o império português,talvez  sob forma de uma monarquia dual.
Em 1821,numa carta a seu pai,Pedro I disse " que a minha honra e o meu coração são maiores do que o Brasil inteiro",querendo expressar que o intuito principal era este ,ao tornar o Brasil independente.
Também José Bonifácio,quando Pedro I saiu do Brasil em 1831,queria um império atlântico,quiçá brasileiro e africano,sob a tutela de nosso país.
Nascemos sob  a questão recorrente dos impérios,a administração financeira dos domínios pela metrópole.
Guevara propôs a trilateral dos países pobres,juntando América Latina, ,África e Ásia,onde já existia a guerra do Vietnã(tese dos "muitos vietnãs").
Forçar o imperialismo  a fazer  gastos militares infinitos a tal ponto que a metrópole quebre,era seu objetivo quando foi  ao Congo em 1965 e depois à Bolívia em 1967.
Sua estratégia era diferente daquela da época de Napoleão,porque esta era indireta,impossibilidade governar uma nação,enquanto que ele propunha uma direta confrontação com o imperialismo.
O mesmo raciocínio informa a Osma Bin Laden,que procura,com o terror,aumentar os gastos dos Estados Unidos à estratosfera,como é o caso da dívida americana,que remonta a 13 trilhões.
Osama,noAfeganistão,com a ajuda dos Estados Unidos de Carter,dirigiu uma guerra que drenou os recursos da União Soviética até extingui-la.
Muita gente não entende Gorbatchev.Eu concordo com a maioria que ele não era  o político mais hábil para a situação em que foi colocado.
Mas por instigação de Carter,e mais especificamente um seu assesor,polonês ultra reacionário Zgbiniew Brzerzinski,os velhinhos soviéticos,liderados por Brejnev,aceitaram esta guerra,sem pensar nas consequencias financeiras.
Ninguém entende porque Gorbatchev retirou o exército soviético do leste  europeu progressivamente.Era porque não tinha mais capital para mantê-los(Alexandre,o Grande,Império Romano).A chance dele de manter ou prolongar a URSS era ter acabado com a guerra até 1986,o que era impossível.
Derrotada a URSS,Osama quer ,com o terror,atingir o mesmo objetivo de Guevara,oferecendo uma alternativa muçulmana,que muita gente na esquerda  brasileira acha ótima...
Todo este quadro deve por para uma esquerda consequente,o fim dos impérios e o estabelecimento de uma comunidade universal de nações.



quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Os Miseráveis

Quem não conhece a história de Jean Valjean,pobre,que tendo roubado um pão,foi condenado a vinte anos de trabalhos forçados nas galés?História contada por Vitor Hugo,no romance "Os Miseráveis".
Quanto  progresso nós fizemos hoje!!Se um pobre rouba um chinelo,ou um modess,há uma discussão sobre a insignificância do ato e a pessoa pobre é liberada.Quase não há pobres nas prisões!!
Ao contrário,quadros políticos do porte de José  Dirceu,são presos logo e sofrem as maiores privações.O progresso foi tanto que eu penso que é preciso um movimento  para igualar estes quadros com a gente pobre!!!
O Ministro Celso de Mello,que suscitou estas considerações acima,disse que os tribunais não podem decidir pressionados pelas ruas.Há um erro nesta afirmação.Como todos os poderes da República,os tribunais possuem uma parcela da soberania popular.Esta parcela não é direta porque os juízes não são eleitos diretamente,mas a obrigação deles é velar pelo estado de direito em favor do povo.O estado de direito não é contra o povo,mas a favor,e não  pode a técnica se sobrepor a este escopo.
Com base nesta última afirmação há que  se dizer que os embargos infringentes não são uma tecnalidade.Explico:não é porque ele é cabível quando não há unanimidade numa condenação que ele deve ser interposto,porque se fosse só isso ele não seria  preciso,bastando considerar um direito automático a revisão do julgamento.
Os embargos não são uma tecnalidade porque eles discutem o mérito da questão.Qual é o mérito?São as provas e argumentos que fundamentam a condenação.
Ora ,depois de 9 anos e de discussões intermináveis,votos imensos,não foi possível formar uma convicção?Garantir ampla defesa aqui é cabível depois de tanto tempo?As maiorias que decidiram não ficam desmoralizadas?Esta ampla defesa não é algo vazio?Se é verdade que a rua não pode pressionar,não é também que os tribunais têm que decidir sobre conteúdos e não formalmente,como se batesse pezinho diante da soberania popular?
Já houve época em que eu achava demagogia fazer uma contraposição entre o pobre que rouba um sapato e fica quatro anos na prisão e um rico que leva anos para ser preso e depois tem todos  os benefícios,mas hoje é preciso reconhecer que a balança  está desequilibrada e que eu quero ter as mesmas chances destes quadros políticos.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A coletivização forçada na URSS

Svetlana ,filha de Stálin ,morreu há dois anos.A sua maior contribuição foi ter dito uma frase cheia de significados políticos:"o Ocidente comprou todo o trigo oriundo da coletivização forçada em 1932"
A coletivização forçada foi o processo pelo qual Stalin estatizou a produção agrícola na URSS para sustentar a industrialização do país e consolidar o seu poder despótico.
Ela começa em1928 com a expulsão de Trotski e termina  com a grande fome de1932.Para acabar com a rebeldia contra a coletivização na Ucrânia(pois os ucranianos não aceitaram as requisições abusivas do trigo),Stálin provocou uma enorme fome,impedindo os camponeses de usar o trigo para consumo próprio,ou seja as requisições foram totais.
Em outro momento Svetlana afirmou:"O trigo foi vendido no Ocidente e o capital foi usado na industrialização da URSS.
O escopo deste artigo é mostrar que o maior crime cometido pelos "comunistas" no século XX teve a conivência do Ocidente,das democracias,as quais igualam Hitler e Stálin,sem observar as contribuições que o Ocidente deu para estes crimes.
Se é verdade que foi um crime ,e foi mesmo, é verdade também que os governos sabiam da fome e se tivessem se recusado a comprar o trigo,no que chamaríamos hoje de sanções,nada teria acontecido e a bem da verdade,o próprio regime satlinista poderia ter caído.
O certo é que o stalinismo e a presença do comunismo na URSS  eram desejados no Ocidente,porque isto justificava a corrida armamentista,de olho numa possível guerra.
E o fato também de o ocidente saber o compromete com estes dois monstros,que são usados como cortina de fumaça,diabos que seriam os únicos culpados das tragédias do século XX.
E isto prossegue até hoje,pois quem fomentou estes terroristas atuais,que ganharam de bandeja armas,inclusive para lutar contra o comunismo e contra a URSS?



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O momento da consciência

Existem muitas teorias na tradição  revolucionária sobre o momento em que nasce a consciência e sobre como fazê-la nascer.Os revolucionários idealistas,aos quais Marx se afiliou na juventude,pensavam que o "momento"era aquele em que a consciência percebia a exploração,o sofrimento que ela causava.
Outros,mais materialistas,associam consciência e estômago  vazio.
A direita acredita que a cultura,a aquisição da cultura(erudição)propicia o seu sugimento;o catolicismo entende que o sofrimento de Cristo na Cruz induz à compaixão,que pode ser castradora ou fomentadora de rebeldia.
Enfim,várias teorias e várias discussões.De qualquer forma,sempre há necessidade de alguém fazer força para que os outros se agrupem em torno de idéias,para tornar possível a realização dos objetivos.
Nestas manifestações brasileiras ocorre o mesmo.As pessoas de bem,que levam cartazes com palavras de ordem que demonstram o crescimento(não o nascimento)da consciência do cidadão

FIFA GO HOME

QUERO,COMO PROFESSOR,O SALÁRIO DO NEYMAR

TROCO A COPA POR SAÚDE E EDUCAÇÃO PADRÃO FIFA

deveriam ensinar aos vândalos ,que quebram bancos,que esta não é a forma de fomentar a mudança,pois destruir não abre caminho.Aquele que destrói acredita que facilita este caminho para ele,mas ele mesmo não tem nada.Ficará,no meio da "Revolução",num deserto,na pregação do deserto,sem um Messias.
Assim eles precisam construir,aprender a.Por que não colocar faixas nos bancos do tipo:

ENQUANTO EU TRABALHO O BANCO ESPECULA

O BANCO SÓ ESPECULA,NÃO NOS AJUDA

SERVIÇOS BANCÁRIOS LERDOS,CORRUPÇÃO CERTA
?

Assim pensando,argumentando, poderiam  comunicar algo e conectando-se com outros sairiam da solidão em que se encontram.




sábado, 14 de setembro de 2013

STF=Vergonha(?)

A situação em que o Supremo Tribunal Federal se colocou é mais que elucidativa dos problemas que o brasileiro encontra hoje,ainda mais depois das manifestações,que ,eu espero ,sejam uma característica do povo brasileiro para as próximas décadas.
A função decisiva do STF é guardar o estado de direito.Tudo é política,mas o estado de direito é o estado de direito,pois ele ordena a sociedade,os critérios pelos quais ela deve agir,dentro dos preceitos democráticos.A democracia é uma prática,mas o direito é uma obrigação,a qual deve ela também se  submeter.
Isto posto,temos que entender que as decisões do STF,em qualquer época ou lugar,não são políticas,mas jurídicas,normativas ,e os ministros têm razão em não querer decidir segundo o que as ruas querem.Isto,no entanto,é uma verdade relativa,porque o Judiciário não é um órgão técnico somente,mas beneficiário de uma parcela da soberania popular(ruas),cuja principal exigência é o de fazer justiça,ou pelo menos,procurá-la com denodo.
Indiretamente,portanto ,a exigência se tornou maior por causa das ruas.
Ora,diante destes paradigmas porque o judiciário,que levou tanto tempo tempo(9 anos!)discutindo esta situação toda do mensalão,vai ficar em dúvida quanto à sua decisão punitiva?Se o Judiciário deve ser forte e positivo(não impositivo,mas positivo)nas suas convicções,e teve tempo de sobra para formá-las,porque chegar agora a colocar todo este trabalho prévio em suspeição,no mínimo?
O que avulta em clareza é que o STF está usando uma tecnalidade,que já de si,põe em xeque o seu papel,para esconder o seu medo,ou antes e juntamente com este medo,a sua necessidade de atender aos requisitos da política,que permeia toda a atividade dos poderes da república,inclusive do judiciário(de cima abaixo),ferindo aquele princípio de responsabilidade supra-dito,de guardião do estado de direito.
Esta atitude,se confirmada pelo voto de Minerva,colocará em frente ao povo,aquilo que ele já sabe no cotidiano,no contato com o judiciário(se é que o povão tem este contato):que o judiciário é político,que só favorece às elites(ao dinheiro)e que não assume a sua responsabilidade constitucional.Ademais,se ficarm os juízes este tempo todo estudando para descobrir que seu trabalho não vale,isto é um atestado de incompetência,frouxidão e desrespeito profissional ao povo,que não chega ao judiciário e quando chega não recebe  aquela justiça,equidade, que a soberania popular(ruas)merece e é de seu direito.
Se o voto de Minerva consagrar estas verdades,inclusive a maior ,de que o STF não serve para nada,estaremos mais uma vez contribuindo para os perigos permanentes à democracia,porque aí,se não há o anteparo do direito,resta a vontade ,a vontade das ruas,que vai encontrar um motivo para passar por cima das instituições e a única chance da democracia é que as ruas tenham descortino para não só destruir,mas para construir outra coisa.
Ministro Celso Mello,atenção!