terça-feira, 18 de junho de 2013

Ainda há uma esperança II


Continuando a análise dos acontecimentos,agora é momento de tirar as conclusões certas deles.Não deixar que este movimento político(porque é político)se desfaça.Lembro-me da campanha de Tancredo em 1984:” Não vamos nos dispersar”.
O elemento decisivo da continuidade é estabelecer,como já fiz antes liminarmente,quais as consequências do movimento e constituir um programa de reinvindicações.
A consequência,como já disse,é o descolamento entre governo e povo,que deve se refazer a partir da real aceitação da soberania popular.O programa é pensar estratégicamente daqui por diante como forçar os partidos a escolher melhor bons representantes,que não sejam corruptos;forçar a transparência quanto aos poderes da República;prender corruptos,acabando com a lentidão do judiciário;redefinir os verdadeiros valores que são essenciais para melhorar de vez a saúde,a educação e os serviços;não deixar a inflação crescer.
Outras reinvindicações podem ser aduzidas,mas o fato é que ,repito,há que renovar o sistema político brasileiro,agora,para evitar problemas no futuro.
O Brasil não é a Grécia.Todos os manifestantes sabem que se não se fizer um esforço de controlar o desvio de dinheiro,forçando os políticos a agir em prol do povo,o que aconteceu lá pode se repetir aqui.
Não é verdade que as coisas estão correndo bem.Que a miséria esteja acabando.Os mesmos problemas continuam,o povo,a soberania popular,sabe que não é assim,que continua tudo dantes no quartel de abrantes.A única forma de acabar com a miséria é fazer reformas estruturais e a primeira é seguir a soberania popular de fato.
Assim sendo as reinvindicações devem continuar no sentido de mudar o sistema político brasileiro,mas como disse no artigo anterior,cortar na própria carne é difícil e mesmo no ãmbito do povo reconhecer os erros(como o vandalismo)é difícil(o povo reproduz muitas vezes o que vem de cima).O grande medo é que a violência aumente de cima pra baixo e de baixo pra cima e para os lados e o Brasil entre numa crise política,com consequências econômicas graves.
È preciso um fator aglutinador das melhores forças nacionais.É preciso um partido novo,partidos novos e permitir que cabeças novas assumam o lugar daqueles que deixaram as coisas como estão.

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